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Avaliação da Difusão de um Programa de Promoção de Vínculos Familiares e Prevenção ao Abuso de Drogas no Distrito Federal (2014-em andamento)

Programas preventivos teoricamente embasados, planejados, implementados e avaliados de forma sistemática e eficazes e efetivos na melhoria da qualidade de vida da população são bons modelos para serem adotados em larga escala.  Quando transferidos para novos contextos, avaliações de sua difusão são recomendadas. Entende-se por difusão o processo pelo qual uma inovação é transmitida entre os membros de um sistema social. A Teoria da Difusão, desenvolvida por Everett Rogers, apresenta 4 fases: adoção (seleção e escolha de uma inovação), implementação (execução no novo contexto), disseminação (expansão para novos serviços, municípios ou regiões) e sustentabilidade (permanência ao longo do tempo após retirada de apoio e recursos iniciais). Com base nesta teoria, o presente estudo tem por objetivo geral avaliar a difusão do Programa Fortalecendo Famílias (PFF) no Distrito Federal. Trata-se de um programa baseado em evidências de eficácia e efetividade para prevenção ao abuso de drogas entre adolescentes por meio da promoção de vínculos familiares. Foi desenvolvido pela Oxford Brookes University (do inglês, Strenghtening Families Program – SFP 10-14), a partir de versões prévias norte-americanas. O PFF é embasado teoricamente no Modelo Bioecológico de Bronfenbrenner e é destinado a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos e seus cuidadores. O seu conteúdo compreende, para as crianças e adolescentes, a promoção de autoeficácia, habilidades de manejo de estresse e habilidades sociais assertivas de enfrentamento à pressão dos pares e, para os cuidadores, o fortalecimento de habilidades sociais parentais de expressão de afeto, consistência no estabelecimento de regras e coesão familiar. No ano de 2013, o PFF foi adotado no Brasil, com sua primeira implementação em serviços de assistência social do Distrito Federal, como resultado de uma ação intersetorial entre a SENAD, a Coordenação de Saúde Mental do Ministério da Saúde, o Programa Saúde na Escola do Ministério da Educação, a Secretaria de Proteção Social Básica do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e o Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crime. Em 2014, o PFF foi disseminado para novos serviços no Distrito Federal e adotado e implementado por 8 cidades de todas as regiões brasileiras. Neste estudo, de base qualitativa, será adotado um delineamento de estudo de caso, tomando-se o Distrito Federal como unidade de análise. Dados documentais serão analisados e entrevistas com informantes-chave serão conduzidas para se descrever indicadores de sucesso e insucesso das fases de adoção, implementação e disseminação do programa, bem como desafios e facilitadores para a sua sustentabilidade.

Equipe: Ana Aparecida Vilela Miranda, Larissa de Almeida Nobre, Juliana de Deus e Sheila Giardini Murta.